quarta-feira, 25 de maio de 2011

Olá. E a educação, como vai?

PAULO ALEXANDRE COSTA
Olá, E a educação, como vai? Começo o texto com essa pergunta intimista porque, não sei se você também, mas eu vejo que a educação está numa vertiginosa descendente. E podemos considerar a educação no seu sentido global, ou seja, a educação tanto dentro da sala de aula quanto no dia a dia. Apesar de eu não gostar de trabalhar com dados, com números, o que nos passam é algo um tanto quanto contraditório, uma vez que se aponta uma maior frequência de alunos em sala de aula, menor índice de repetência, diminuição na evasão, mas não se leva em conta a questão do analfabetismo funcional. Será que o importante é ter o aluno na sala e não se preocupar se ele, de fato, está aprendendo o que estão ensinando? Qual é a real intenção de quem legisla em prol da educação? Levando em conta uma boa intenção (apesar de o inferno estar cheia delas) e sendo o problema da falência da educação tão visível, por que não há uma reforma educacional? Ficaremos presos ao arcaico sistema de ensino do século passado até quando? E a valorização do professor, da carreira, um dia chegará? Certa vez, vi uma reportagem de uma TV americana sobre a saúde na Inglaterra, o entrevistado era um ex-membro do parlamento, Tony Benn, e na entrevista ele disse: “existem duas formas de se controlar um povo, desmoralizando-os e assustando-os... Um povo bem educado, confiante, dá trabalho, fica fora de controle”. Então, chego à conclusão de que ter um povo mal-educado é conveniente. Um povo crítico, leitor, confiante, consegue assimilar informação, criar opiniões próprias, deixa de ser passivo e mero receptor.
Bom, o tema é amplo, daria umas boas páginas de discussão, haja vista que temos também a questão do investimento, da transformação do professor em especialista, pesquisador e podemos pegar exemplos dentro mesmo do próprio estado de municípios que chegam a investir 30% da arrecadação na educação fundamental. Lá se percebe um povo mais motivado, confiante, consciente e preparado para fazer uma leitura crítica do seu meio de convívio. Mas, cá entre nós, pra quem tá “lá em cima”, é melhor o povo aqui idealizado, ou a atual forma de educação?
Enquanto essa ideia não sai da teoria, o que nos cabe é batalhar por melhoras, caso contrário, cairemos num buraco sem fundo e nos tornaremos cada vez presas mais fáceis pros abutres.

Um comentário:

  1. Hoje numa escola em que dei aula conversava com outros professores que assim como eu estavam substituindo e comentávamos o fato do aluno não ter interesse em aprender. Professores da própria escola, concursados com tempo considerável de carreira concordaram. Mas também comentamos que sempre tem um ou outro aluno bom e interessado. Concordo com você sabemos que esse é o jeito que a banda toca por aqui. A educação é a bola da vez. Muito se fala, pouco se faz. Como comentei em uma rede social, o que aconteceria se setores como os de educação e saúde simplesmente parassem, mas parassem mesmo! O que aconteceria?

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