quarta-feira, 29 de junho de 2011

AS VERDADES SOBRE O KIT GAY

Por Fabrício Silva.

Vi o vídeo a pouco via Facebook. Poderíamos escrever sobre o assunto. E sei que nem todos os que fazem parte do União do Saber são dessa mesma opinião. Mas eu concordo com o vídeo e achei por bem divulga-lo aqui.

Assista:

terça-feira, 28 de junho de 2011

ELEIÇÕES

Por FABRÍCIO SILVA

Quando tem campanha eleitoral cada um escuta o que lhe convém. E então, vota pensando nele e não no todo. Mais ou menos assim...

EMPRESÁRIOS
Isenção de tarifas, blábláblá, livre comércio, blábláblá, não intervenção, blábláblá, abertura, blábláblá, capital estrangeiro, blábláblá, capital interno...

MÉDICOS E FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DE SAUDE
Valorização, blábláblá, hospitais, blábláblá, melhores salários, blábláblá, melhores condições, blábláblá, estrutura,blábláblá...

PROFESSORES
Maior salário, blábláblá, maior respeito,blábláblá, reforma educacional, blábláblá...

TRABALHADORES E DESEMPREGADOS
Gerar empregos, blábláblá, décimo terceiro, blábláblá, férias, blábláblá, salário melhor, blábláblá...

SEM TERRA
Reforma agrária, blábláblá, blábláblá, reforma agrária, blábláblá, blábláblá...

UNIVERSITÁRIOS
Bolsas, blábláblá, cotas,blábláblá, próuni, blábláblá...

E vai assim...

Depois, vai lá e faz...blábláblá na urna eletrônica. 

terça-feira, 21 de junho de 2011

A copa é só no "longínquo" 2014.

PAULO ALEXANDRE COSTA
Olá a todos.
Hoje escreverei em um campo que adoro, o futebol.
Como é do conhecimento geral, o Brasil sediará a Copa do Mundo Fifa de Futebol em 2014. Feito conseguido através de "muito merecimento", baseado em "critérios técnicos", sem nenhuma politicagem. Na verdade, a Fifa adotou um critério de colocar a Copa do Mundo em todos os continentes, independentemente de estarem preparados ou não. E no caso do Brasil, eu fico com várias dúvidas.
Desde as Olimpíadas de Los Angeles (EUA), em 1984, sabemos que, com planejamento, organização, estabelecimento de metas, enfim, quando o trabalho é feito com competência, eventos desse porte dão lucro. Então eu lhe pergunto: o que realmente tem sido feito de efetivo e organizado, no Brasil, para que a Copa do Mundo seja algo, de fato, benéfico para o país? E quanto ao transporte, o que foi feito de melhoria substancial? Já que o país é imenso e adotaram a política de mandar jogos em todas as regiões do país. Particularmente acho isso errado, uma vez que, em vários estados os seus clubes não disputam campeonatos importantes no país e esses estádios podem virar verdadeiros elefantes brancos. E por falar em estádios, a quantas andam as obras para reforma dos estádios? E a construção de novos, tem sido feito dentro de um cronograma? É de espantar a calma e, diria até, a morosidade dos dirigentes (no sentido mais amplo da palavra) na preparação da infraestrutura do país. Até parece que isso é feito de propósito para que, aos 45 minutos do segundo tempo, façam um "plano emergencial" e arranquem milhões dos cofres públicos. Dessa forma, fica fácil pra desviar verba, pra fazer licitações fraudulentas, enfim, "surrupiar" o nosso dinheiro (mais do que já é feito, né?). Vale lembrar que, em Los Angeles iniciou-se uma política bem sucedida de organização de eventos de grande porte. E o melhor, não foi gasto 1 centavo público sequer. As Olimpíadas foram bancadas com receita de ingressos, direitos de imagem, patrocinadores e outros. Mas lá é Los Angeles, Estados Unidos, lá é a América. O máximo que eu posso fazer é comparar com a Colômbia, que em 1986 era a sede da Copa do Mundo da Fifa, mas, devido a problemas econômicos, foi excluída do evento que lhe fora dado. Nesse mesmo ano, a Copa foi oferecida ao Brasil, mas, o então Presidente José Sarney, recusou o pedido da Fifa (num dos poucos momentos sensatos de sua vida política). Mas aí é que está, tenho que fazer comparações com a Colômbia, infelizmente.
É difícil acreditar que vá sair algo sério, que o "jeitinho brasileiro" vai resolver essa situação. Sem planejamento, sem o mínimo de organização e seriedade, não dá, definitivamente, não dá.
Como diz aquela frase antiga: "não sabe brincar, não brinca".

domingo, 19 de junho de 2011

Para Refletir


Decisão do Desembargador José Luiz Palma Bisson, do Tribunal de Justiça de São Paulo proferida em Agravo de Instrumento ajuizado contra despacho de um Magistrado da cidade de Marília (SP), que negou os benefícios da Justiça Gratuita a um menor, filho de um marceneiro que morreu depois de ser atropelado por uma motocicleta.

O menor ajuizou uma ação de indenização contra o causador do acidente pedindo pensão de um salário mínimo mais danos morais decorrentes do falecimento do pai.

Por não ter condições financeiras para pagar custas do processo o menor pediu a gratuidade prevista na Lei 1060/50. O juiz, no entanto, negou-lhe o direito dizendo não ter apresentado prova de pobreza e, também, por estar representado no processo por “advogado particular”. A decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a partir do voto do Desembargador Palma Bisson é daquelas que merecem ser comentadas, guardadas e relidas diariamente, vejamos:

“É o relatório. Que sorte a sua, menino, depois do azar de perder o pai e ter sido vitimado por um filho de coração duro – ou sem ele -, com o indeferimento da gratuidade que você perseguia. Um dedo de sorte apenas, é verdade, mas de sorte rara, que a loteria do distribuidor, perversa por natureza, não costuma proporcionar. Fez caber a mim, com efeito, filho de marceneiro como você, a missão de reavaliar a sua fortuna.

Aquela para mim maior, aliás, pelo meu pai – por Deus ainda vivente e trabalhador – legada, olha-me agora. É uma plaina manual  feita por ele em paubrasil, e que, aparentemente enfeitando meu gabinete de trabalho, a rigor diuturnamente avisa quem sou, de onde vim e com que cuidado extremo, cuidado de artesão marceneiro, devo tratar as pessoas que me vêm a julgamento disfarçados de autos processuais, tantos são os que nestes vêem papel repetido. É uma plaina que faz lembrar, sobretudo, meus caros dias de menino, em que trabalhei com meu pai e tantos outros marceneiros como ele, derretendo cola coqueiro – que NE existe mais – num velho fogão a gravetos que nunca faltavam na oficina de marcenaria em que cresci; fogão cheiroso da queima da madeira e do pão manteiga, ali tostado no paralelo da faina menina.

Desde esses dias, que você menino desafortunadamente não terá, eu hauri a certeza de os marceneiros não são ricos não, de dinheiro ao menos. São os marceneiros nesta Terra até hoje, menino saiba, como aquele José, pai do menino Deus, que até o julgador singular deveria saber quem é.

O seu pai, menino, desses marceneiros era, foi atropelado na volta a pé do trabalho, o que, nesses dias em que qualquer um é motorizado, já é sinal de pobreza bastante. E se tornava para descansar em sua casa posta no Conjunto Habitacional Monte Castelo, no castelo somente em nome habitava, sinal de pobreza exuberante.

Claro como a luz, igualmente, é o fato de que você, menino, no pedir pensão de apenas um salário mínimo, pede não mais que para comer. Logo, para quem quer e consegue ver nos aplainados entrelinhas da sua vida, o que você nela tem de sobra, menino, é a fome não saciada dos pobres.
Por conseguinte um deles é, e não deixa de sê-lo, saiba mais uma vez, nem por estar contando com defensor particular. O ser filho de marceneiro me ensinou inclusive a não ver nesse detalhe um sinal de riqueza do cliente; antes e ao revés a nele divisar um gesto de pureza do causídico. Tantas, deveras, foram as causas pobres que patrocinei quando advogava, em causa quase sempre de nada, ou, em certa feita, como me lembro com a boca cheia d´água, de um prato de alvas balas de coco, verba honorária em riqueza jamais superada pelo lúdico e inesquecível prazer que me proporcionou.

Ademais, onde está escrito que pobre que se preza deve procurar somente os advogados dos pobres para defende-lo? Quiçá no livro grosso dos preconceitos...

Enfim, menino, tudo isso é para dizer que você merece sim a gratuidade, em razão da pobreza que, no seu caso, grita a plenos pulmões para quem quer e consegue ouvir.

Fica este seu agravo de instrumento então provido; mantida fica, agora com área de definitiva, a antecipação da tutela recursal. É como marceneiro voto.

JOSÉ LUIZ PALMA BISSON – Relator Sorteado”  

Por Vitor Mazzi

quarta-feira, 15 de junho de 2011

EUDCAÇÃO, ÉTICA, MORAL E CIVILIDADE


"Eram os anos 70. Plena Ditadura Militar. Censura e violência. O país herdou um trauma profundo. Mas nossa educação atual não deveria olhar para o passado, superar as dores e renovar idéias. Mesmo as que nasceram ali?"

A capa do livro
Trago hoje imagens de documentos históricos da época da Ditadura Militar. E criei coragem para tocar num assunto delicado. Quantos de vocês chegaram a tomar conhecimento de uma matéria conhecida por Educação Moral e Cívica? E lhes pergunto, porque não existe uma reavaliação do conteúdo da mesma para que possa ser recolocada no currículo escolar?

Os escritos na primeira página.
Antes gostaria que prestassem atenção em alguns pontos interessantes do documento que lhes trago. Um livro que data de maio de 1970, que aparentemente foi usado por um aluno/a por meio de um empréstimo? O livro leva o carimbo do Tenente Braga em muitas de suas páginas. Esse tenente seria o proprietário do livro a época.O presidente era o General Emílio Garrastazu Médici.

O texto não é pequeno. E o assunto é espinhoso, mas acredito que de interesse geral, pais, alunos, professores, cidadãos. Leia com calma, eu lhes agradeço.

Uma coisa é o civismo. Que dada a nossa realidade, perdeu valor. Mas vamos do começo. No dicionário civismo é: Dedicação pelo interesse público ou pela causa da pátria.  Patriotismo.

Ou seja, é o Patriotismo em si. Saber cantar o hino nacional, o hino da bandeira, das armas nacionais, etc. E nesse aspecto está intrinsecamente ligado a todo um código de conduta militar do passado. Mas será que é só isso? Vejamos.

Ainda no que diz respeito ao civismo, o dado livro trazia, por exemplo, um capítulo sobre os Direitos do Homem, com informações como os direitos e garantias individuais, as leis orgânicas do Brasil, a constituição, o os códigos, civil, penal e comercial, a consolidação das leis do trabalho, além das leis de diretrizes e bases da educação nacional. Documento da época. E aí eu já levanto um questionamento. Conhecer as leis não seria algo importante, digamos, para turmas do ensino médio?

Fora isso a parte de civismo trazia informações políticas relevantes como a forma de governo do país e demais formas existentes e uma parte sobre os partidos políticos. E faço outra pergunta. Não seria interessante para os alunos do ensino fundamental e médio aprender sobre os partidos do país, a forma de governo etc.?

Você irá me dizer que estudos desse âmbito são facilmente direcionados, e influenciam o ser em formação, lhe incutindo uma determinada ideologia etc. Ora, a História, juntamente com a Filosofia e a Sociologia, também não o fazem? Não acabamos, nós professores, influenciando nossos alunos de acordo com a nossa maneira de ver o mundo? Pois então.

Vamos a dois pontos importantes. Primeiro, Ética. No dicionário significa: Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana.   Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão; É. social: parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se as relações entre os diversos membros da sociedade.

Muita coisa precisa de séria revisão.
Portanto, Ética e Moral estão amalgamadas. Ou não? Vejamos o que se diz sobre Moral. Diz-se da Moral, “Relativo à moralidade, aos bons costumes. Que procede conforme à honestidade e à justiça, que tem bons costumes. Favorável aos bons costumes. Diz-se de tudo que é decente, educativo e instrutivo. sf  Parte da Filosofia que trata dos atos humanos, dos bons costumes e dos deveres do homem em sociedade e perante os de sua classe.” 

 Pelo meu entendimento não se pode ter uma coisa sem a outra. Porque não trabalhar questões morais com os alunos em uma disciplina específica? Vejamos...

Existe em primeiro lugar um trauma profundo e em segundo um ranço com relação a tudo que se entende por herança do período militar no Brasil. Precisamos nos curar disso primeiro. É muito simplista a idéia de que se é do período militar, não é bom ou (e aí está o problema), se é algo que existiu nesse período é porque estão querendo usurpar nossa liberdade e querendo instituir novamente um governo ditatorial e repressivo. Besteira! Deixemos esse pensamento de lado.

Outra questão séria no Brasil é a dificuldade de um olhar honesto sobre as coisas. Buscar abandonar a forma maniqueísta de ver o mundo. Um exemplo simples está na política. Coisas como “se você é PSDB você é contra o PT, se você é contra o PT, você é PSDB.” Como diria o comediante Danilo Gentili “Ora, ambos me fodem roubam”. Aí quando alguém propõe uma releitura de alguns pontos sobre uma disciplina que (sim foi criada com o intuito de controlar os cidadãos) naquela época! Esses mesmos, de mente simples e pouco instruída (maioria no país, inclusive entre letrados) taxam quem faz tal proposta de “pessoa de direita, fascista, ultra-conservador”

 Não é porque algo foi feito por uma direita repressiva que não pode ser reavaliado, assim como o que é feito pela esquerda não pode simplesmente ser tachado de comunista/revolucionário. Acredito que os tempos são outros e não cabem mais idéias assim. Por isso falo em revisão de conteúdo sobre ética, moral e política, ao invés de apenas recolocar uma matéria antiga, na grade novamente.

Coisas que devem retornar.
Dado o estado em que se encontram as escolas, dado a perda de valor do professor por culpa entre outras coisas de uma (progressão continuada) que destruiu completamente qualquer sentido de respeito que pudesse existir entre alunos e professores, bem como demais funcionários do ambiente escolar, não vejo mal algum em reavaliarmos tal disciplina e recuperar o respeito. Aliás, vejamos: respeito é:  Ação ou efeito de respeitar ou respeitar-se.  Aspecto ou lado por onde se encara uma questão; consideração, modo de ver, motivo, razão.  Apreço, atenção, consideração.  Acatamento, deferência.  Obediência, submissão.  Referência, relação.  Medo, temor.  Direito, justiça, razão.
Interessante não? Veja quantos aspectos em uma mesma palavra.

Todos estão de acordo que quando dizemos “recuperar o respeito” NÃO estamos nos referindo a medo, temor ou submissão, por exemplo, mas obediência, acatamento, bem como apreço, atenção e consideração.

Mas, por ora, examinemos o que nos diz o currículo do Estado de São Paulo para a área de Ciências Humanas.

Quando se fala do currículo de História especificamente, encontramos informações que batem em pontos como cidadania, formação de cidadãos, sociedade pluralista e por aí vai. Alguns pontos interessantes para serem comentados aqui são:

“...durante o regime ditatorial, o consenso era obtido a força:isto pode;isto não pode – sempre de forma imperativa.”

Deixo claro que é o tipo de coisa que não queremos nem para o ensino nem para a sociedade. O currículo discorre sobre alguns pontos que constam nos PCN´s

 “...o primeiro objetivo geral do ensino fundamental é levar os alunos à compreensão da cidadania como participação social e política...despertar a consciência em relação ao exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais...no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio as injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito”

Ora, isso acontece? Existe respeito? As crianças e jovens estão cientes do que significa esse termo? Participação social e política e formação para a cidadania como? Se o Estado cada vez mais vai alijando os alunos de seus deveres e responsabilidades. Fala-se muito em direito e pouco em deveres. E um não vive sem o outro dentro de uma convivência pacífica numa sociedade pluralista. Continuemos...

“os estudantes devem desenvolver um posicionamento crítico...reconhecendo o diálogo...o conhecimento das características fundamentais do Brasil (sociais,materiais e culturais)...valorização da pluralidade...o respeito as diferenças...”

Primeiro, posicionamento crítico não existe por não existir educação de fato. Das características fundamentais, história, sociologia e filosofia já contribuem para isso, é fato, ou ao menos estão na grade com esse propósito e não vejo porque retira-las da grade. Valorização da pluralidade e principalmente respeito às diferenças são dois aspectos que acredito que uma matéria que ensine moral, ética e civilidade podem contribuir para isso. Afinal, lá se vão 41 anos da data que conta nesse livro e claro que o mundo se transformou durante esse período.

É uma nova realidade, onde novos pontos devem ser ensinados para que não criemos “filhotes de Bolsonáro” por aí. Pode parecer contraditório rever uma disciplina conservadora para não criarmos novos bichos da espécie citada, mas é fato que diante de uma nova realidade, onde se deve valorizar a tolerância, por exemplo, não é importante que os jovens aprendam que é preciso determinados valores para uma convivência pacífica?

Sei que o tema levantado aqui é complicado. Sei que dentro de décadas de história da Educação no Brasil existem erros recorrentes. Sei também que quanto mais eu acompanho o dia a dia das instituições educacionais do nosso país e os demais problemas por que passa nossa sociedade, tenho me questionado, não seria o caso de se colocar em prática uma matéria nos moldes do que foi a Educação Moral e Cívica, só que revisada e atualizada para a realidade atual? Será que se derrubada essa tal progressão continuada, e trazendo de volta determinados valores perdidos, não conseguimos uma melhora na situação?

Veja, se pegarmos, por exemplo, a família que é uma instituição que sofreu e vem sofrendo grandes modificações. A família de hoje é bem diferente da dos anos 70. Hoje, a mulher ganhou muito mais espaço dentro da sociedade, a separação já não é mais vista como um ato imoral por grande parte da população e o núcleo familiar passa a ser composto de Pai e filhos, mãe e filhos, casais homossexuais, etc. Então, claro que alguns princípios propagados pela Educação Moral e Cívica no passado, já não cabem mais, mas novos conceitos podem ser trabalhados dentro de uma matéria que trate de ética, moral e civilidade. Hoje temos as questões ecológicas, sustentabilidade, globalização, massificação das informações. Não dá para continuarmos fingindo que o país está crescendo da maneira ideal quando vemos a educação na situação em que se encontra.

Espero que tenham entendido os pontos que levantei aqui. E nem sei até onde eles podem ser considerados ou desconsiderados. Mas quem é professor nesse país atualmente, sabe que as coisas não vão bem.

Fabrício Silva.



segunda-feira, 13 de junho de 2011

Já nascemos velhos

Guilherme

É uma verdadeira contradição.

O nascimento deveria representar a renovação da vida, possibilidade para ser diferente ou no mínimo compreender as diferenças. Todos os seres vivos estão inseridos nesse ciclo – nascer, nutrir, reproduzir, morrer; portanto, estamos presos a esse ciclo por um bom tempo ainda, porque ainda não compreendemos o sentido desse ciclo.

Mas ao parar para refletir sobre a espécie humana e a educação, notei algo incômodo: ao nascer somos “presenteados” com “tudo” aquilo que nos precedeu, em todos os sentidos possíveis: língua, maneira de se vestir, de se comportar em um meio social, o que comer, como comer, padrões de beleza e comportamento, enfim, nos entregam um uniforme para viver em humanidade e diga-se de passagem que esse uniforme é tamanho único.

Neste momento vem o questionamento: se o nascimento prenuncia uma oportunidade para o novo como poderemos ter alguma coisa nova se “presenteamos” nossos filhos com um conjunto de caracteres já vencidos?

Evidente que para a espécie humana sobreviver pelo menos as funções básicas tem que ser transmitidas aos recém chegados. Mas minha reflexão está justamente naquilo que extrapola as funções básicas da sobrevivência.

Somos mestres em dizer o que os seres na condição infantil devem ou não fazer, mas somos ignorantes na hora de ouvir o que ela tem a nos dizer. Mesmo sem articular uma única palavra o infanto pode dar indícios do conjunto de caracteres que possui e que necessitam de direcionamento; somente o indivíduo comprometido com uma educação que liberta, e que não enche de “velharias”, poderá criar um campo propício para o desenvolvimento dessas crianças.

Desconsideramos toda e qualquer característica que não esteja dentro dos “padrões” aceitáveis pela sociedade, e não percebemos que por não darmos atenção naquele momento mais importante da educação que é a infância teremos mais a frente um adolescente que necessitará o dobro de atenção em sua educação, quando não o triplo, quádruplo.

Uma outra razão que me fez parar refletir um pouco sobre isso é a quantidade de reclamações que ouço sobre os alunos, sejam eles do ensino infantil, fundamental ou médio. E se ouço um elogio logo vem em seguida uma crítica pra não “acostumar mal” o indivíduo. Até quando ficaremos reclamando que as “crianças” não nos respeitam se não temos o menor respeito em ouvirmos o que elas estão “berrando” diante de nós? Até quando ficaremos dizendo que os adolescentes são um problema se não paramos um momento para ouvir quais são suas dores e angústias frente ao mundo de incertezas que é a transição da infância para adolescência?

Tenho um amigo que sempre diz que a fase infantil é a mais importante no desenvolvimento do ser que um dia irá transitar para a fase da adolescência, adulta e velhice, e como são fases um dia desaparecerão. E o que ficará depois de tantas fases? Fica ai uma reflexão.

Padrões não educam ninguém.

Vamos, porque estou incluído nisso, descobrir novos métodos eu respeitem a individualidade de cada ser. “Seu” filho antes de ser seu pertence a ele mesmo. “Seu” aluno não é sua posse nem propriedade, ele deve descobrir, com você auxiliando na construção de balizas coerentes a cada fase, um caminho para descobrir quem realmente é: ele mesmo!

domingo, 12 de junho de 2011

FELIZ DIA DOS NAMORADOS

Por toda equipe União do Saber

"Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar." (Carlos Drummond de Andrade)

“Até o homem que não crê em nada precisa de uma namorada que creia nele." (Eugen Rosentock-Huessey)

"Namore muito antes de casar!" (Roberto Shinyashiki)

"As almas encontram-se nos lábios dos enamorados." (Percy Bysshe Shelley)

"Depois do ridículo, o melhor do namoro são as brigas. E melhor do que as brigas são as reconciliações. Beijos ainda mais profundos, apelidos ainda mais lamentáveis, vistos de longe." (Luis Fernando Veríssimo)

"O amor é cego, e os namorados nunca vêem as tolices que praticam."
(William Shakespeare)

"O homem enamorado sabe o que deseja, mas não vê o que precisa saber." (Sêneca)

“Se os homens agissem depois do casamento da maneira como agem durante o namoro, haveria menos divórcios – e mais falências." (Frances Rodman).


“Tão bom morrer de amor e continuar vivendo.”
Mário Quintana

“Vós, que sofreis, porque amais, amai ainda mais. Morrer de amor é viver dele.”
Victor Hugo

“Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento.”
Machado de Assis

“Se o amor é fantasia, eu me encontro ultimamente em pleno carnaval.”
Vinícius de Moraes

“A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande.”
Roger Bussy-Rabutin

“Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.”
Friedrich Nietzsche

“As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar.”
Leonardo da Vinci

“É um amor pobre aquele que se pode medir.”
William Shakespeare

A medida do amor é amar sem medida.
Victor Hugo


quarta-feira, 8 de junho de 2011

sábado, 4 de junho de 2011

Mão de obra especializada? Porque não?

VITOR MAZZI

Todo mundo sabe que o mercado de trabalho anda exigente, quem nunca ouviu aquela frase "emprego tem, o que falta é mão de obra especializada"?
Já pararam alguma vez para pensar como seria se para o cargo de Prefeito, Vereador, Deputado, Senador, ou qualquer outro cargo público eletivo, fosse pré-requisito uma especialidade?
Vamos supor que para se candidatar a um cargo executivo, como o de Prefeito, Governador e até mesmo para Presidente da República fosse exigido no mínimo que o candidato fosse graduado em Administração ou Economia ou até mesmo Ciências Sociais.
Vamos supor ainda que para concorrer a uma cadeira na câmara dos vereadores da sua cidade ou para a câmara dos deputados e ao senado, ou seja, para ocupar a função legislativa, fosse pré-requisito ser o candidato ao menos graduado em Ciências Jurídicas.
Ora! Se para ocupar um cargo no judiciário, seja ele de juiz, promotor ou procurador (entre outros) é necessário a graduação em Direito, a aprovação em exame de ordem e a aprovação em concurso público, ou ainda, como ocorre com Ministros do Supremo Tribunal Federal em que a nomeação se dá por indicação do Presidente da República condicionada à aprovação do Congresso Nacional, porque que não exigir que nossos representantes, nos demais poderes tenham o mínimo de qualificação necessária para desempenhar aquela função?
Vejo com bons olhos essa hipótese, mas algo me diz que nossos Políticos não compartilham dessa opinião.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

DESCRIMINALIZAÇÃO: SIM OU NÃO

FABRÍCIO SILVA

“Pai, perdão. Não sabemos o que fazemos.”

Uma pessoa alcoolizada não vai presa. E se dependente pode participar de grupos de A.A Alcoólicos Anônimos. Porém, essa mesma pessoa ao dirigir embriagada, vindo a sofrer um acidente atingindo próximos a ela, pode ser julgada e pagar pelo que fez.
Um fumante, viciado em tabaco, não vai preso. Cabe a ele arcar com as conseqüências que aquilo lhe trás. Assim como cabe a ele o bom senso para não fazer de pessoas não fumantes, que passivamente respirem a mesma fumaça. Daí a existência hoje de bares e restaurantes com locais para fumantes e não fumantes.
Demais drogas são consideradas ilegais e proibidas. São peça fundamental do tráfico de drogas. E por serem ilegais, o consumo das mesmas é tratado como caso de polícia e não de saúde pública. E é o debate que o documentário que estréia na sexta-feira nos cinemas Quebrando o Tabu visa trazer para a sociedade.
Dentre as várias questões levantadas, vem a do sistema prisional brasileiro que está lotado de pessoas condenadas pelo uso de entorpecentes. O que pessoas de renome como Dráuzio Varela defendem é que pelo fato de o uso de drogas serem um problema de saúde pública, as pessoas não devem ir presas pelo uso. Daí o termo descriminalização e não legalização. Descriminar não é legalizar. O documentário mostra a experiência de vários países e tem a participação de importantes ex-chefes de Estado. No Brasil a bandeira é levantada pelo ex-presidente FHC, ele é o âncora do documentário que possuí por trás de sua produção nomes como o de Luciano Huck.
Fernando Henrique defende, por exemplo, a existência de locais onde as pessoas possam fazer uso das drogas e até onde entendi, de forma controlada. A maconha vira a bola da vez no assunto. Visto que ela é comprovadamente menos letal do que duas drogas legais, o tabaco e o álcool. Ainda fica a dúvida, aliás, dúvidas. E as demais drogas? A idéia é descriminalizar tudo como em Portugal, por exemplo? O tráfico de drogas vai mesmo sofrer o seu golpe de misericórdia? Eu acredito que não. Mas tudo bem são questões a se discutir. Outra questão martelando na minha cabeça é a seguinte...
Descriminaliza-se o uso de drogas para que ao invés das pessoas irem presas, acabem indo para clinicas de reabilitação ou para hospitais. Isso diminui o contingente populacional carcerário, mas aumenta a demanda de doentes em hospitais e clínicas públicas. Estamos preparados para atender essas pessoas? Acredito que não, uma vez que já não damos conta nem da demanda atual. Se o setor público de saúde do nosso país é a bagunça que é, como querer que o mesmo cuide de dependentes de outras drogas além das já legalizadas?
Não sabemos até que ponto a descriminalização pode ser benéfica ou não. Que a nossa sociedade trata do assunto com contradição é fato. Afinal, já que tabaco e álcool são legais, a maconha ser descriminalizada não faria muita diferença. Mas teríamos que descriminalizar o resto delas e a dúvida é se o uso diminuirá ou não.
É importante que se diga mais uma coisa. Antes de tratarmos do assunto, precisamos ver até que ponto estamos sendo hipócritas. Já que é sabido que o número de pessoas em todos os setores da sociedade que fazem uso de maconha, por exemplo, não é pequeno. E é sempre bom lembrar, o viciado rico passa por tratamento nas melhores clinicas do Brasil e do mundo. O viciado pobre vai preso. Descriminalizando, o viciado rico mantém essa lógica o pobre vai ser tratado pelo setor público de saúde que não está preparado para atendê-lo e muito menos estará interessado em sua recuperação. Então, o que a gente faz? Descriminaliza ou não?