terça-feira, 21 de junho de 2011

A copa é só no "longínquo" 2014.

PAULO ALEXANDRE COSTA
Olá a todos.
Hoje escreverei em um campo que adoro, o futebol.
Como é do conhecimento geral, o Brasil sediará a Copa do Mundo Fifa de Futebol em 2014. Feito conseguido através de "muito merecimento", baseado em "critérios técnicos", sem nenhuma politicagem. Na verdade, a Fifa adotou um critério de colocar a Copa do Mundo em todos os continentes, independentemente de estarem preparados ou não. E no caso do Brasil, eu fico com várias dúvidas.
Desde as Olimpíadas de Los Angeles (EUA), em 1984, sabemos que, com planejamento, organização, estabelecimento de metas, enfim, quando o trabalho é feito com competência, eventos desse porte dão lucro. Então eu lhe pergunto: o que realmente tem sido feito de efetivo e organizado, no Brasil, para que a Copa do Mundo seja algo, de fato, benéfico para o país? E quanto ao transporte, o que foi feito de melhoria substancial? Já que o país é imenso e adotaram a política de mandar jogos em todas as regiões do país. Particularmente acho isso errado, uma vez que, em vários estados os seus clubes não disputam campeonatos importantes no país e esses estádios podem virar verdadeiros elefantes brancos. E por falar em estádios, a quantas andam as obras para reforma dos estádios? E a construção de novos, tem sido feito dentro de um cronograma? É de espantar a calma e, diria até, a morosidade dos dirigentes (no sentido mais amplo da palavra) na preparação da infraestrutura do país. Até parece que isso é feito de propósito para que, aos 45 minutos do segundo tempo, façam um "plano emergencial" e arranquem milhões dos cofres públicos. Dessa forma, fica fácil pra desviar verba, pra fazer licitações fraudulentas, enfim, "surrupiar" o nosso dinheiro (mais do que já é feito, né?). Vale lembrar que, em Los Angeles iniciou-se uma política bem sucedida de organização de eventos de grande porte. E o melhor, não foi gasto 1 centavo público sequer. As Olimpíadas foram bancadas com receita de ingressos, direitos de imagem, patrocinadores e outros. Mas lá é Los Angeles, Estados Unidos, lá é a América. O máximo que eu posso fazer é comparar com a Colômbia, que em 1986 era a sede da Copa do Mundo da Fifa, mas, devido a problemas econômicos, foi excluída do evento que lhe fora dado. Nesse mesmo ano, a Copa foi oferecida ao Brasil, mas, o então Presidente José Sarney, recusou o pedido da Fifa (num dos poucos momentos sensatos de sua vida política). Mas aí é que está, tenho que fazer comparações com a Colômbia, infelizmente.
É difícil acreditar que vá sair algo sério, que o "jeitinho brasileiro" vai resolver essa situação. Sem planejamento, sem o mínimo de organização e seriedade, não dá, definitivamente, não dá.
Como diz aquela frase antiga: "não sabe brincar, não brinca".

Um comentário:

  1. Concordo Paulo. O bom é que nossa geração poderá acompanhar esses eventos "de um jeito ou de outro". Tomara que não venhamos a sentir "vergonha alheia" rs...

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